domingo, 7 de dezembro de 2014
ANTOLOGIA
Antologia do
I CONCURSO DE POESIAS 20 OUTUBRO
"REGINA MARQUES DE SOUZA ALMEIDA"
A quem interessar adquirir a Antologia em epígrafe basta nos fazer o pedido enviando a quantia de $10,00 (dez reais) em um envelope com endereço para o retorno.
(esse valor não tem fins lucrativos e sim para colaborar com as despesas do concurso)
ALAMI - Rua 20 nº. 1184 - CEP 38300 074 - Ituiutaba -MG
Em tempo: Temos somente 100 exemplares para esta promoção.
domingo, 30 de novembro de 2014
LANÇAMENTO
Convite para o lançamento:
ANTOLOGIA
I CONCURSO DE POESIAS 20 DE OUTUBRO
"REGINA DE SOUZA MARQUES ALMEIDA"
Dia: 4 de dezembro de 2014.
Local: Biblioteca Municipal de Ituiutaba -MG
horário: 20 horas
Contamos com suas honrosas presenças.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Poesia na árvore
A L A M I
Academia de Letras,
Artes e Música de Ituiutaba.
Entidade de utilidade publica municipal – lei 3896.
E
Fundação Cultural de Ituiutaba
Faremos
parte da mobilização nacional do projeto "Um poema em cada árvore",
uma iniciativa de incentivo à leitura que utiliza as árvores como suporte para
a leitura, pendurando poemas de poetas contemporâneos para serem apreciados
pelos pedestres.
1.
Esta ação tem caráter exclusivamente cultural.
2.
Podem participar todas as pessoas físicas, residentes e domiciliadas na região
de Ituiutaba - MG.
3.
As inscrições devem ser feitas entre os dias 01 e 15 de outubro, até o
meio-dia.
Os
poemas devem ser enviados no corpo do e-mail, contendo título, nome do autor,
idade, escola onde é aluno, cidade e o blog/site do participante (caso
tenha). (um poema por página)
4.
Os poemas devem ser de autoria da pessoa responsável pela inscrição e podem ter
sido anteriormente publicados em outros meios e/ou selecionados em concursos e
prêmios literários, (isto é, não precisa ser inédito).
4
-1 – O tema é: “ÁGUA É VIDA, NÃO DESPERDICE!”
5.
Até 25 poemas serão selecionados para compor a mobilização, que será realizada
no dia 20 de outubro, em local a ser definido.
6.
Ao fazer a inscrição, os (as) autores (as) concordam em ceder os direitos de
reprodução da obra para estas atividades, sem qualquer ônus para os
organizadores.
7.
Dúvidas em relação a esta ação devem ser encaminhadas para o
Mobilizadores:
ALAMI – Academia de Letras, Artes e Música de
Ituiutaba.
Fundação Cultural de Ituiutaba
sábado, 4 de outubro de 2014
Resultado
Resultado do
II Concurso de Poesias 20 de Outubro
“Regina de Souza Marques de Almeida”
Poesia Vencedora
Guardanapo de papel
Autor: Reginaldo Costa de Albuquerque
Campo Grande – MS
Menção Honrosa (ordem aleatória)
Jornatez
Autor: Roque
Aloísio Weschenfelder
Santa Rosa – RS
A melhor idade
Autor: Roberto Curt Dopheide
Blumenau- Santa Catarina
Poema em frasco
Autor: Ronaldo Henrique Barbosa Jr
Campos dos Goytacazes – RJ.
A cadeira 42
Autor: Robert Thomaz
Poços de Caldas – MG
Soneto de um grande amor
Autor: Paulo Franco
Ribeirão Pires – SP
Morada de Maria
Autor: Eduardo Chaves Laurent
Porto Alegre – RS
Sonho
Autor: Cristiano Correa Vieira
Rio Grande – RS
Estudo sobre o poema
Autor: André Telucazu Kondo
Santo André – SP
África
Autor: Hilberto Gomes de Souza Carvalho
Corrente – PIsexta-feira, 26 de setembro de 2014
RESULTADO DA PRÉ SELEÇÃO
II Concurso de Poesias 20 de outubro
“Regina de Souza Marques Almeida”
ACADEMIA DE LETRAS ARTES E MÚSICA DE ITUIUTABA
-2014-
RESULTADO
DA PRÉ SELEÇÃO
Poesias selecionadas pela Comissão
Organizadora para a classificação final. (resultado final previsto para dia 1º de outubro)
Dessas poesias a Comissão Julgadora elegerá a vencedora
do Concurso e, ainda, selecionará mais nove, que irão receber o Certificado de
Menção Honrosa.
- estas 50 poesias já estão selecionadas para compor a Antologia e pedimos a cada autor o obséquio de
nos enviar o texto por e-mail a fim de facilitar na edição do livro –
A melhor idade
Poema em frasco
Soneto de um grande amor
Morada de Maria
Sonho
Estudo sobre o poema
África
Cultivar poesia
Amor em trânsito
Tempo
Jornatez
A busca
Despedida
O segundo sol
Círculo Vicioso
Obra das Artes
Caminhos da Vida
Gato
Mind thegap!
Se presenteie com o saber
Vão
Pássaros petrificados
Homenagem ao Santo João Paulo II
Diz-me que sim
In vitro somente mais uma forma de amor
Haja florais
Urbicídio
A cadeira 42
Guardanapo de papel
Ao tífis pernambucano
Ontem oca, hoje copa
O trabalho de Marta
Poesia – tributo à expressão
Divórcio
Borbulho das águas
Gestação
Comunhão com a noite
Troca - troca
Causas perdidas
Descobrimento Floral
Mensagens codificadas
Sinto-me só
Azul Cantante
Meu velho rio Tietê
Meu pequeno limoeiro
Solar da Literatura
O desejo
Floresta andarilha
Poema cinza
O que há de melhor
quinta-feira, 31 de julho de 2014
IX Concurso Contos do Tijuco - “JACI DE ALMEIDA”
A L A M I
Academia
de Letras, Artes e Música de Ituiutaba.
Entidade
de utilidade publica municipal – lei 3896.
IX Concurso Contos do Tijuco
“JACI DE ALMEIDA”
.Regulamento
1 – A Academia de Letras, Artes e
Música de Ituiutaba – ALAMI - promove o IX Concurso Contos do Tijuco, uma
atividade de caráter literário e cultural sem fins lucrativos, que nessa edição
homenageia o saudoso Jaci de Almeida – gráfico.
2 – Poderão inscrever-se escritores de
qualquer nacionalidade (desde que o conto seja escrito na língua portuguesa). A
inscrição implica na concordância automática com todas as cláusulas desse
regulamento.
3 – O conto deverá ser em língua
portuguesa, inédito e apresentado em quatro vias digitadas em corpo 12. Cada
participante poderá inscrever apenas um conto, sem limite de páginas e sem
restrição quanto à forma e ao conteúdo. O concorrente é único e inteiramente responsável
por garantir que seu conto seja inédito, sendo responsável, civil e
criminalmente, em caso de plágio.
4 – O conto deverá
ser enviado em um envelope grande e lacrado, identificado na frente com o nome
do concurso. Dentro deste envelope os concorrentes deverão enviar um envelope
menor, também lacrado, identificado na parte externa apenas com o título do
conto e o pseudônimo utilizado e este envelope menor deverá conter uma folha
com os seguintes dados: - nome do conto e pseudônimo, nome completo do autor,
e-mail, telefone para contato e pequena biografia.
5 – O prazo para a inscrição termina,
impreterivelmente, no dia 31 de outubro de 2014, valendo a data do carimbo do
correio. Enviar a inscrição para o seguinte endereço:
ALAMI – Academia de Letras, Artes e
Música de Ituiutaba –.
Avenida Três, entre Ruas 18 e 20 nº 240
– Casa da Cultura -
Ituiutaba –MG – CEP 38.300.160.
6 – Os contos serão julgados por uma
Comissão Julgadora formada por três membros, de notória competência na matéria,
não pertencentes à ALAMI.
7 – Ao autor do conto premiado será
oferecido como prêmio a quantia de R$400, OO (quatrocentos reais) e certificado
e livros da biblioteca da ALAMI.
8 – O conto premiado será publicado no
blog da ALAMI – solardaliteratura.blogspot.com.br - e outros sites literários
que prestam serviços de divulgação de concursos de contos. A Comissão poderá
selecionar mais nove contos, sem classificação, para possível publicação em
livro.
9 – O resultado do concurso sairá numa
data bem próxima do dia 11 de dezembro de 2014 ou, imediatamente ao término dos
trabalhos da Comissão Julgadora. O resultado do concurso será divulgado no
blog: www.solardaliteratura.blogspot.com.br – e outros sites literários que
colaboram com a ALAMI na divulgação de concursos de contos.
10 – A entrega do prêmio ao ganhador do
Concurso e a entrega do “Certificado de Participação” aos autores dos nove
contos selecionados será em data a ser informada. - pelo telefone ou e-mail
-.
1 – Poderá a Comissão Julgadora deixar
de outorgar o prêmio se avaliar que a ele nenhum dos contos faz jus. (não
haverá devolução dos contos recebidos, que serão incinerados logo após o
julgamento).
12 – Poderá a ALAMI publicar um livro
com o conto vencedor e os nove contos selecionados pela Comissão
Julgadora.
13 – As decisões da Comissão Julgadora
são irrecorríveis.
14 – Os casos omissos neste regulamento
serão resolvidos pela ALAMI
Ituiutaba, 1º de Agosto de 2014.
Comissão Organizadora:
Regina de Souza Marques Almeida -
Coordenadora de Concursos-
Membros:
Sonone Luiz Vilela Junqueira
Adelaide Pajuaba Nehme
José Moreira Filho
José Maria Franco de Assis
Enio Eustáquio Ferreira
domingo, 8 de junho de 2014
II Concurso de Poesias 20 de Outubro "Regina de Souza Marques Almeida
A L A M I
Academia de
Letras, Artes e Música de Ituiutaba.
II CONCURSO DE POESIAS 20
DE OUTUBRO
“REGINA DE SOUZA MARQUES
ALMEIDA”
Regulamento
1 –
A Academia de Letras, Artes e Música de Ituiutaba – ALAMI – com a parceria da
Fundação Cultural de Ituiutaba, em comemoração ao Dia do Poeta, promove o II Concurso de Poesia 20 de Outubro,
uma atividade de caráter lítero-cultural sem fins lucrativos, que homenageia a
escritora e poeta REGINA DE SOUZA MARQUES ALMEIDA.
2 –
Poderão inscrever-se poetas de qualquer nacionalidade (desde que a poesia seja
escrita em língua portuguesa). A inscrição implica em concordância automática
com todas as clausulas deste regulamento.
3 - A poesia, escrita em língua portuguesa, deverá
ser inédita e, apresentada em quatro vias digitadas em corpo 12. Cada
participante poderá si inscrever com até 3 (três) poesias, contido em até duas
páginas cada uma, o tema é livre. O concorrente é
único e inteiramente responsável por garantir que suas poesias sejam inéditas,
sendo responsável, civil e criminalmente, em caso de cópia.
4 - As poesias deverão ser enviadas em um envelope
grande e lacradas, identificado na frente com o nome do concurso. Dentro deste
envelope os concorrentes deverão enviar um envelope menor, também lacrado,
identificado na parte externa apenas com o título do conto e o pseudônimo
utilizado. O envelope menor deverá conter uma folha com os seguintes dados:
nome completo, e-mail, telefone para contato e dados biográficos.
5 – O
prazo para a inscrição termina, impreterivelmente, no dia 31 de agosto de 2014,
valendo a data do carimbo do correio ou o comprovante de entrega em mãos, no
seguinte endereço:
ALAMI –
Academia de Letras, Artes e Música de Ituiutaba –
Rua 24
entre avenidas 19 e 21 nº. 1332
Ituiutaba
–MG – CEP 38.300.078 ( Sede da F.C.I.)
6 – As
poesias serão analisadas pela Comissão Organizadora que fará a triagem inicial
e submeterá as 50 (cinquenta) melhores, para classificação final, a outra
banca, composta de, no mínimo, três membros de notório conhecimento na área.
7 – Ao
autor da poesia classificada em 1º. Lugar será oferecido como prêmio a quantia
de R$200,OO (duzentos reais), certificado e livros da biblioteca da ALAMI.
8 – A
poesia premiada será publicado no blog da ALAMI – solardaliteratura.blogspot.com.br - e outros sites
literários que prestam serviços de divulgação de concursos literários. A
Comissão Julgadora selecionará mais nove poesias e os autores destas receberam
via e-mail Certificado de Menção Honrosa. Poderá a ALAMI publicar uma Antologia com as cinquenta melhores.
9 –
O resultado do Concurso sairá numa data bem próxima do dia 11 de dezembro de
2014 e os prêmios serão entregues na solenidade PREMIO MÉRITO CULTURAL, na sede
da Biblioteca Municipal de Ituiutaba. (aos ganhadores de cidades
distantes, não podendo comparecer, receberão o prêmio via correio).
8) Para todos
os efeitos legais o participante do presente Concurso declara ser o legítimo
autor do poema inscrito e garante o ineditismo do mesmo, responsabilizando-se e
isentando a ALAMI de qualquer reclamação ou demanda que porventura venha a ser
apresentada em juízo ou fora dele.
11 – A
informação do resultado será através do site: www.solardaliteratura.blogspot.com.br, telefone ou e-mail.
12 – Não
haverá devolução das poesias inscritas. Findo o concurso, serão
incineradas com os respectivos envelopes de identificação. As decisões da Comissão
Organizadora e da Comissão Julgadora são irrecorríveis.
14 – Os casos omissos neste regulamento serão
resolvidos pela ALAMI
15 - Fica eleito o Foro da Comarca de
Ituiutaba/MG como o único competente, com exclusão de qualquer outro, por mais
privilegiado que seja, para dirimir eventuais questões judiciais relativas ao
II Concurso de Poesias 20 de Outubro “Regina de Souza Marques Almeida”
Ituiutaba,
31 de maio de 2014.
Comissão
Organizadora:
Enio
Eustáquio Ferreira-
Presidente
da ALAMI
Membros:
Sonone
Luiz Vilela Junqueira
Adelaide
Pajuaba Nehme
José
Moreira Filho
*Regina de Souza Marques Almeida nasceu em Ituiutaba, MG;
filha de Adelino Francisco Marques e Guilhermina Souza Marques. É Professora de
alfabetização, graduada em História, Psicopedagoga, Especialista em Educação
Pré-Escolar. É integrante da ALAMI — Academia de Letras, Artes e Música de
Ituiutaba —, ocupando a cadeira de nº. 42. É de sua criação e responsabilidade
a edição do folhetim cultural Voo Livre e Retrospectiva Cultural n.º 1 (Voo
Livre em Revista), ambos publicados pela Fundação Cultural de Ituiutaba.
Regina é Acadêmica Correspondente e Comendadora da
Real Academia de Letras do Rio Grande do Sul, representante de Ituiutaba,
ocupando a cadeira 33.
Livros
publicados:
* ABC DA
CONSTRUÇÃO (TEXTOS COLETIVOS COM ALUNOS DA PRÉ-ESCOLA)
* POEMAS
E POEMAS PARA VOCÊ
*
TRILHAS, VERSOS E SONHOS
Literatura infantil –
*Tauan, meu presente sexagenário.
*A viagem
*Meus sonhos meus valores
*Tiquinho e os gêmeos
*Tiquinho vivenciando o Natal
*Tiquinhos e suas travessuras
*Tiquinho e a sua família
*Minha vida é uma arte (que será
lançado este ano)
sexta-feira, 16 de maio de 2014
O princípio da incerteza de um jurado literário
- VIII Concurso de Contos do Tijuco -
- Arth Silva -
No fim do ano de 2013, Enio Ferreira, o Presidente da ALAMI, como um grande amigo das letras e por saber da minha paixão pela leitura, me convidou pra ser um dos jurados do “VIII Concurso de Contos do Tijuco”, concurso esse que, uma vez inclusive (2007), fui selecionado pelo miniconto “O pipoqueiro”.
Honrado pelo convite, aceitei.
Pois bem... Minha tarefa árdua, juntamente com mais duas juradas, Tereza Martins e Maria Tereza Moreira era ler atentamente todos os contos enviados ao concurso, contos esses que vieram de quase todos os estados brasileiros e de países como Suíça e Japão, e selecionar os 9 melhores textos, além de, é claro, escolher o conto premiado.
Legal, eu estava preparado! Que começasse a leitura!
Porém, fazer a leitura de tantos textos de qualidades distintas seguidamente, e diante de um prazo corrido é uma situação que me fez lembrar e temer o Princípio da Incerteza de Heisenberg, e fazer um equivalente literário dele. Pra quem não sabe, esse princípio diz que é impossível medir ao mesmo tempo a velocidade e a posição de uma partícula subatômica, uma vez que fazer essa medição altera a realidade observada. (entenderam? Não? Educação brasileira é mesmo um caos!)
Um equivalente literário desse princípio anunciaria a impossibilidade de medir talentos em concursos literários. Só que nesse caso essa medição altera não só a realidade do objeto observado (texto), mas também a do próprio observador (jurado), já que esse tem de ler inúmeros textos de boa qualidade seguidos por dezenas de textos com qualidade tão baixa que me pergunto como alguém teve coragem de enviar tal texto pra um concurso (suspeito que seja apenas pra sacanear os jurados)... Enfim, essa quantidade de textos de baixa qualidade lidos em sequência, dá ao jurado uma angustia e um pessimismo quanto às próximas leituras, que altera o seu estado de consciência diante de cada próximo texto avaliado, podendo atrapalhar no julgamento de um conto.
Por isso, muitas vezes uma pergunta me pousou à cabeça: Será que eu saberia qualificar o texto de um novo Luiz Fernando Veríssimo, um novo Carpinejar ou até um novo Machado de Assis sem saber o nome dos autores e após ler tantos textos de qualidade tão ruim?
Por isso, muitas vezes uma pergunta me pousou à cabeça: Será que eu saberia qualificar o texto de um novo Luiz Fernando Veríssimo, um novo Carpinejar ou até um novo Machado de Assis sem saber o nome dos autores e após ler tantos textos de qualidade tão ruim?
Talvez enfrentar esse Princípio seja um mal de toda mesa julgadora de concursos literários, mas que deve ser encarada com profissionalismo e dedicação em busca dos contos realmente bons que participam dos concursos para que a apresentação de resultados não decepcione.
Quando finalmente consegui ler todos no inicio do mês de fevereiro, pra minha surpresa e alegria, 98% dos textos que selecionei como bons batiam com os resultados da Tereza Martins, e foram confirmados pela Maria Tereza. Inclusive, o texto que eu selecionei como o melhor, "Salto sem barreiras" de autoria do escritor Celso Antonio Lopes, também estava no topo da lista das duas juradas.
Como mineradores, nós jurados tivemos que garimpar ao máximo em meio a muita coisa sem tanto valor até encontrarmos lá no fundo as preciosas pepitas de ouro literário. Muitos eram tremendamente banais, já outros obras, eu gostaria de ter tido a ideia pra escrevê-los como “Encontro no Bistrô” do gaúcho Danilo Silvio Aurich e “Anjo” do paulista André Telucazu Kondo; contos que eu, particularmente, gostei muito e que estarão no livro “VIII Concurso de Contos do Tijuco”, publicado em breve pela ALAMI. Livro que com certeza será bem recebido por todos aqueles apreciadores do “Princípio da boa literatura”.
Arth Silva é escritor, desenhista, designer e redator publicitário, especialista em perder canetas azuis.
Arth Silva é escritor, desenhista, designer e redator publicitário, especialista em perder canetas azuis.
Autor do livro "Contos à Queima Roupa" e da coletânea de memórias dos idosos de Ituiutaba "Gavetas da memória".
Seus trabalhos literários podem ser lidos na página "Sonhando a Deriva".
fsarthur@yahoo.com.br
fsarthur@yahoo.com.br
terça-feira, 11 de março de 2014
Conto vencedor do VIII Concurso Contos do Tijuco
SALTO SEM BARREIRAS
Celso Lopes - autor
Em casa quando a situação ficava tensa era fácil de saber: a Mãe se recolhia num canto do sofá da sala folheando sem parar as mesmas
páginas de um livro do Machado de Assis; o Pai, o Pai rondava de um lado pra outro, pensativo e silencioso; e eu, de violão em punho, acelerava as batidas,
tremulando acordes desconexos e desafinados...
enfim, criando um som alto e desigual, cujo objetivo era apenas atiçar o ambiente daquele espaço chamado “lar” com as minhas provocações. O violão parecia
dizer em alto e bom som: “- Ei, Dona
Nancy, você não engana a ninguém... largue esse maldito livro e grite as
suas mágoas para o seu marido,
vamos!...”. A Mãe tremia sob a minha música desconcertante;
era visível que resistia, o quanto
possível, em tocar fogo no
lar-doce-lar quando se tratava do Pai.
Pode-se dizer que o romance da “Dona Nancy” com o Pai, nascido de uma acirrada
disputa com uma tal de “Mariana”, esbarrava nas artimanhas criadas pelo mestre
da literatura. Se substituíssemos apenas os nomes, teríamos a história de ambos
recontada pela psicologia endiabrada do Bruxo
de Cosme Velho: “ O “Pai” quis sinceramente fugir,
mas já não pode, “Dona Nancy” como uma
serpente, foi se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num
espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado.
Vexame, susto, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura; mas a batalha foi curta e a vitória
delirante. Adeus, escrúpulos! Não tardou que o sapato se acomodasse ao pé, e aí
foram ambos estrada fora, braços dados, pisando folgadamente por cima das ervas
e pedregulhos (...)”
Para a Mãe, “Dona Nancy”, aquelas ausências acumuladas do Pai, que antes
lhe soavam como um sussurro carinhoso, agora explodiam.
Explodiam e apunhalavam. E, por certo,
doíam-lhe como
nunca!... Em casa quando a situação
ficava, assim, tensa, eu, sem saber o
porquê, gritava aqueles acordes no violão e disparava as minhas
farpas todas contra o Pai. Fel puro e desprezo, as minhas palavras. Nascia em
mim uma crueldade mesquinha que me levava a
provocar o Pai, a ironizar, a
trucidá-lo até, se preciso. Tantas
vezes, tanto fiz. E tanto fiz, tanto fiz, que naquele dia a Mãe também soltou todos os seus demônios contra ele.
“Dona Nancy” aliou-se a mim
disparando estilhaços por todos os lados, os seus golpes mais profundos. Palavras duras e cruéis as de uma esposa
para o seu homem. A Mãe esbravejava, parecendo tirar das páginas do livro aberto em suas mãos, todos os seus ais, as suas mágoas e as suas dores: “ - O Júnior tem razão!... Pra você,
somente os amigos, os amigos e as competições!” A Mãe falava em altos
brados e eu sorria por dentro. E
vitorioso, como se desafinasse a minha
voz acompanhando o violão, eu insistia sem trégua que ele queria mesmo era fugir da
gente; o que o Pai pretendia mesmo era livrar-se da sua mulher e do seu
filho!... Instigada por essa infâmia
carregada de inveja e rancor criados por mim, a Mãe pegou o jeito, soprou forte e avivou as brasas, e depois, depois entornou de vez a água fervente: “...Comigo? ...comigo apenas alguns minutos, sempre sem uma palavra de carinho e
sem tempo algum, só cobranças e cobranças!... Mandou lavar o meu uniforme? Viu minha chuteira?... Cadê meu tênis?...Eu?...Eu
que me lixasse nesse abandono, nessa sala que mais parece um mausoléu ... Antes, eu juro, antes eu tivesse deixado você
com a espevitada da Mariana, melhor seria!... À noite, muitas noites, quando eu mais te queria, me via ali, sozinha. Eu no meu quarto, o Júnior no
dele. Sozinhos, os dois. Sem homem, sem pai, sem palavra de amigo. Sempre
sozinha, eu. E você?...Você lá no bem-bom, comemorando
vitórias... E você? Você ali, na cama, dormindo, roncando de cansaço...Pior, um homem sem vida
pra mim!... Sem os desafios que eu queria!... E eu, a boba, a boboca, a vida inteira na platéia,
impotente, me remoendo, assistindo a
essa sua epopéia olímpica maldita. Maldito, você!”...
Naquela tarde, enquanto a Mãe espezinhava o seu homem, o Pai extravasava sua
raiva, fazendo desabar sob nossos pés ali na sala, todos os
seus troféus esportivos, as suas medalhas, as fotografias emolduradas,
os seus diplomas e os certificados... Eu, sem lhe dar a trégua exigida, acentuando o ritmo frenético do meu potente instrumento, fulminava-o com minhas setas certeiras e venenosas. Palavras cruéis as de um filho para um pai;
dardos pontiagudos que o feriam sem dó, como se partissem de um
atirador de facas que mirasse todos os
seus punhais no coração da vítima...Eu
repetia, repetia até que me faltasse o
fôlego, como numa competição em busca de recordes: “- Medalhas,
troféus, diplomas...grande merda, tudo isso!...Enquanto você vivia nessas
malditas competições esportivas, eu
ficava aqui, sozinho, sem pai, sem
amigo, sem ninguém.... Às favas, esse tal de Moses!...E você ganhou o quê, me
diga?...Nada!...Fez, fez e morreu na praia!”...
Em meio à guerra que lhe fazíamos, aquilo que durante anos fora
para ele os “louros da vitória” ,agora,
acomodavam-se de qualquer jeito em duas
caixas grandes de papelão. O Pai sem dizer uma palavra, como um autômato, pouco-a-pouco livrava as nossas
paredes do apartamento, as prateleiras e as duas estantes da sala, de tudo aquilo que o mundo esportivo lhe
dera; e odiando a Mãe e a mim, descia,
furiosamente, as escadarias do prédio pra depositar todas as suas conquistas no
suporte da lixeira, junto à calçada da rua. Foram raras oportunidades em que vimos o Pai numa
competição; quem o conhecia, no
entanto, quem conhecia aquele esportista
polivalente, de excelente compleição física, um atleta determinado e talentoso,
nascido no mesmo dia, mês e ano da lenda-viva do atletismo mundial, Edwin
Moses, garantia que dele, o Pai absorvera ingredientes imprescindíveis: a
velocidade, a força muscular e a
capacidade de treinar, treinar e
treinar... Hoje, ali, junto ao parapeito
da janela do sétimo andar, o olhar do
Pai nos evitava, mas mantinha sob vigília todos os seus troféus
amontoados lá embaixo, dentro das caixas
de papelão sobre o suporte da lixeira. Olhar não é bem o termo, eu jurava que
naquele momento, o Pai tinha visão de
águia, capaz de contemplar,
minuciosamente, cada um daqueles objetos. Abrisse a boca pra dizer, o Pai
repetiria exaustivo que a medalha de “natação” fora conquistada na raia
olímpica do Tênis Clube, quando fora
batido apenas pelo tri-campeão
Ruizinho Leme!... Abrisse a boca pra contar,
o Pai diria que a medalha, cromeada em ouro 18, estava lá embaixo, jogada,
disponível, descartada na lixeira da rua. Depois, depois diria que estava lá também a
medalha do “futebol”, quando emplacara
três a zero nos Pequeninos do Jóquei, e com isso, fora o campeão e artilheiro
daquele ano!... A Mãe lia pela milésima vez
o conto “ A Cartomante”, sempre
embevecida pela história de uma tal “Nancy”; e talvez, como a personagem, a Mãe também sofresse, remoendo-se em
lamentos pelo que dissera ao Pai. Por isso, dissimulando o tanto exato, a Mãe
seguia a tudo com os olhos pregados no livro, mas era visível, era nítido pelos
seus gestos, que estava a poucos instantes de se redimir. O
Pai, o Pai por certo também enxergou entre as
suas “honrarias”, lá embaixo,
o troféu Hélio Rubens, homenagem a uma referência do basquete brasileiro, que ele conquistara na partida final contra o
“dream team” do Colorado A.C.; O Pai não se cansava de nos dizer que virara o jogo com duas cestas-de-três,
o que lhe valera o reconhecimento de toda a arquibancada, inclusive dos
adversários!...O troféu, agora, também estava lá na lixeira, tal qual o do “handebol”,
que o Pai ganhara numa partida
memorável, segundo ele, contra o
Paineirão F.C., quando enfiou um, dois,
três.... quinze espetaculares arremessos
indefensáveis contra o goleiro Gilmar
Moreno!... Vez
ou outra, os olhos aquilinos do
Pai voltavam-se para o interior da
sala rastreando o vazio das paredes, a limpidez das estantes e a profundidade das
prateleiras... Por vezes, o Pai mirava
seus olhos reticentes endereçados a mim e à Mãe, mas em poucos instantes deixava-nos ao abandono, negligenciava-nos,
demonstrando que na lixeira da rua continuava a razão de ser de toda a sua
vida. Apoiado no beiral de uma das janelas da sala, e agora dedilhando com
ligeira suavidade as cordas do violão, eu pude ver quando os ruídos da rua
estamparam-lhe um sorriso no rosto. O menino, visto do alto, não tinha mais de 12 anos. Primeiro, o garoto
olhou para os lados, depois subiu os
olhos como quem tivesse algo a
conferir naquele edifício a sua frente. O Pai, mais visível ali na janela
principal, esquivou-se para a cortina, temeroso de algum confronto; pelo jeito o Pai queria apenas que alguém
ficasse com tudo aquilo, de maneira a
gostar, a amar, acarinhar.... E lá estava o
menino, ora puxando das caixas um troféu, ora uma fotografia, ora uma
medalha... Chegou até mesmo a apanhar o porta-retrato do Edwin Moses... Abandonou-o rápido, por certo desconhecia o famoso atleta mundial dos 400 metros com
barreiras... a lenda-viva!... O
menino, agora, retirava da caixa um quadro emoldurado. O Pai, com a voz
embargada, com os olhos marejados ali na sala, e sem se dar conta da minha
irritante melodia, como se ignorasse
a nossa presença ou nunca
a tivesse percebido, o Pai soletrava baixinho, de cor e emocionado, como
se acompanhasse a leitura em voz alta nos lábios do garoto: “ Conferimos
o certificado de Honra ao Mérito ao atleta Jairo Santos Silva por sua
participação nos 100 metros com barreiras...”
O olhar do garoto voltou-se,
outra vez, para o alto do edifício e,
prudente, o Pai recolheu-se para fora do beiral. Mas, fora mesmo a medalha, aquela cromeada
em ouro 18, a de natação, que roubara o interesse do menino. Num
relance, como quem subisse a um pódio
imaginário, vestiu-a sobre o pescoço, e alegre como nunca, lá foi ele
feliz, rua afora, com a medalha no peito, simulando braçadas numa raia olímpica
invisível... O sorriso do Pai, naquele
instante, inundava o ar. Respirando emoção e entretido até a medula, o
Pai só voltou a si diante da minha nova ofensiva, com as
batidas fortes, estridentes e cortantes
do violão, como a lhe dizer com o dedo em riste: “Vai ficar
aí parado feito estátua?...O estrago já
está feito, agora é consertar ou quebrar
de vez!... Esses prêmios estão mesmo no
lugar merecido: sabe onde?...no Lixo!...Lá embaixo, na Lixeira da rua!... Quem
sabe, agora, daqui pra frente, você arruma
um tempo pro seu filho e pra sua mulher, hein?” Depois disso, um longo e interminável
silêncio se interpôs entre nós ali na sala. Em gestos lentos, lentíssimos até,
o que o Pai fez foi matar dois coelhos de uma só vez: o seu filho e a
sua mulher, agora, teriam de amargar uma culpa pela vida inteira; carregar a
ferida exposta, eternamente, como uma chaga-viva!...Um revide de pura vingança
contra a nossa indiferença pelas suas
competições esportivas. E ali, bem ali
diante do nosso nariz, o Pai, como quem
fosse subir ao pódio sob flashes,
aplausos e chuva de pétalas... O Pai, do
alto de seus 1,80 metros ,
e com a jovialidade de cinco décadas, tentou ainda, em prantos, impedir que os homens da Limpeza
Pública brutalizassem suas conquistas, mas a voz soou-lhe débil, frágil, como
um sussurro desesperado... E naquele instante,
ainda que a Mãe tentasse um grito
impeditivo “ - Não,
Jairo, pelo amor de Deus, isso
não!”, e eu, emudecendo o
instrumento sob minhas mãos trêmulas,
eu lhe endereçasse uma palavra
profunda clamando por tradução: “Calma, Pai!...Calma, Pai!..Calma!”; o
Pai, como quem se preparasse para uma enterrada
definitiva no garrafão, ou para chutar um pênalti sem qualquer chance de
defesa para o goleiro, ou ainda, cortar
em diagonal a bola suplicante
da rede, ou quem sabe, num esforço sobre-humano, deixar à deriva todos os seus competidores na pista com barreiras, à la Moses... O Pai, silenciosamente, sem dizer uma palavra sequer,
sem tréguas ao cronômetro da vida, num ímpeto de agilidade e impulso, lançou-se
janela abaixo em busca de si mesmo;
precisamente, trinta e dois
metros e vinte e três centímetros, como atestaria a Perícia Técnica no
laudo do exame necroscópico.
Breve currículo:
O autor Celso Lopes é natural de Guará, interior do Estado de São Paulo e está radicado na capital paulista há muitos anos. Tem formação em Letras (USP/SP) e pós-graduação em Literatura brasileira (UNICID/SP). Atua na área de Comunicação e Marketing e participa de concursos literários nacionais. Livros publicado: Pedra na Contraluz (contos), Dei bandeira, hein? (mosaicos urbanos) e Retrato quase falado do meio do caminho (poesias).
Assinar:
Postagens (Atom)