Premio
Mérito Cultural – 2012
“Dr. Edgar Franco”
A ALAMI - Academia de Letras, Artes e Música de
Ituiutaba – e a Fundação Cultural de Ituiutaba outorgam no dia 13 de dezembro
2012, nas dependências da Biblioteca Municipal “Senador Camilo Chaves”, o
Prêmio Mérito Cultural 2012 “Edgar Franco”.
Serão agraciadas personalidades e instituições que se
destacaram em valiosos trabalhos sócio-culturais.
O evento faz parte da solenidade de encerramento das
atividades da academia nesse ano de 2012.
O Prêmio Mérito Cultural “Dr. Edgar Franco”, foi
criado pela ALAMI em parceria com a Fundação Cultural de Ituiutaba e tem como
objetivo homenagear prestadores de relevantes serviços em favor da
cultura, do crescimento e da valorização
social.
Dr. Edgar Franco, nome que este ano enaltece ainda
mais o Prêmio, é acadêmico da ALAMI, e que, mesmo jovem, já tem uma valiosa biografia e vem
enriquecendo o nome de Ituiutaba no Brasil e no exterior, através das suas
atividades tanto como professor universitário, como artista multimídia.
BREVE BIOGRAFIA:
EDGAR FRANCO – O CIBERPAJÉ
Nascido a 20 de setembro de 1971, em Ituiutaba, Minas Gerais, a arte entrou
cedo na vida de Edgar Franco. Aos 12 anos publicou sua primeira história em
quadrinhos em um fanzine, desenvolvendo um amor constantemente renovado por
esta forma de expressão. É acadêmico da ALAMI – ocupando a cadeira de número 46
(letras e artes), tendo recebido o Prêmio Mérito Cultural nos anos de 2010 e
2011.
Graduou-se em arquitetura e urbanismo na Universidade de Brasília (UnB), onde
iniciou suas pesquisas sobre a linguagem dos quadrinhos e suas conexões com a
arquitetura. Anos depois o avanço dessa pesquisa veio resultar no livro
“História em Quadrinhos e Arquitetura”, publicado pela editora Marca de
Fantasia em 2004, e com sua segunda edição publicada em 2012, tornando-se livro
de referência para pesquisadores dessa área.
Em seu mestrado em Multimeios na Unicamp estudou as histórias em quadrinhos na
Internet, batizando essa linguagem híbrida de quadrinhos e hipermídia de
HQtrônicas (histórias em quadrinhos eletrônicas), pesquisa que serviu como base
para o livro “HQtrônicas: Do Suporte Papel à Rede Internet” editado em 2004
pela parceria entre as editoras Annablume e a FAPESP – Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo, com sua segunda edição publicada em janeiro de
2008. Em 2010 organizou o livro “Poéticas Visuais e Processos de Criação” pela
editora da UFG, obra que contou com a participação de alguns dos mais
importantes pesquisadores e artistas da arte tecnologia brasileira como Eduardo
Kac e Diana Domingues.
Em 2006 concluiu o doutorado em Artes na Escola de Comunicações e Artes da USP.
Foi professor dos cursos de Ciência da Computação, Turismo e Arquitetura e
Urbanismo da PUC-MG - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ Unidade
Poços de Caldas -, durante 7 anos (2001-2008). Atualmente é docente adjunto III
da FAV - Faculdade de Artes Visuais da UFG - Universidade Federal de Goiás, em
Goiânia, onde também é Professor Permanente no Programa de Doutorado em Arte e
Cultura Visual.
Como pesquisador nas áreas de arte e tecnologia, transmídia, desenho e
histórias em quadrinhos, possui dezenas de artigos publicados em livros e
periódicos e tem apresentado suas pesquisas, há mais de vinte anos, em
congressos como Intercom, Lusocom, Compós, Anpap e SBPC. Sua pesquisa de
doutorado, “Perspectivas Pós-Humanas nas Ciberartes”, foi premiada no programa
“Rumos Pesquisa Arte e Tecnologia 2003” do Centro Itaú Cultural em São Paulo.
Como ilustrador, designer e cartunista possui centenas de páginas publicadas em
revistas do Brasil e exterior como: Quadreca, Brasilian Heavy Metal, Nektar, Metal
Pesado, Quark, Fêmea Feroz, Ervilha, Mandala, Mephisto (Alemanha), Dragon's
Breath (Inglaterra), AH BD! (Romênia), La Bouche du Monde (França) além dos
álbuns solo Agartha, Transessência e Elegia, publicados pela editora Marca de
Fantasia, e de BioCyberDrama, em parceria com Mozart Couto, editado pela Opera
Graphica. Seu trabalho como ilustrador envolve a criação de dezenas de capas de
CDs e livros, para músicos, bandas e autores de países como Brasil, Portugal,
França, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Japão, Austrália, Estados Unidos, Turquia,
entre outros.
Em 2009 ganhou o “Troféu Bigorna”, premiação nacional concedida aos melhores
das histórias em quadrinhos brasileiras. O trabalho premiado com o troféu foi a
revista em quadrinhos “Artlectos e Pós-humanos Nº. 3” . Em 2010 um número
especial da revista TOP! TOP!, dedicado à obra de Edgar Franco, incluindo
entrevista e trabalhos do artista, foi selecionado pela curadoria do maior
festival europeu da área de quadrinhos, o “Festival de Angouleme” na França,
para concorrer ao prêmio de melhor publicação alternativa de quadrinhos.
O trabalho de Franco como artista multimídia envolve também obras criadas para
suportes hipermidiáticos, entre elas as HQtrônicas: Ariadne e o Labirinto
Pós-Humano, que integrou a Mostra Sesc de Artes (SP/2005); NeoMaso Prometeu,
menção honrosa no 13º Videobrasil - Festival Internacional de Arte Eletrônica
(Sesc Pompéia/2001); O Mito Ômega - web arte envolvendo vida artificial e
algoritmos evolutivos; e a instalação interativa Immobile Art que foi
selecionada pela curadoria do MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo para
integrar o Festival Mobille Fest de 2009 e recebeu destaque na imprensa,
incluindo matéria na Folha de São Paulo.
Edgar Franco também é mentor do projeto musical Posthuman Tantra com o qual
realiza performances cíbridas multimídia e que lançou em 2010 seu segundo CD
oficial pela gravadora Suíça Legatus Records, tendo participado de coletâneas
lançadas em países como Japão, França, Austrália, EUA, Brasil e Dinamarca. O
Posthuman Tantra foi a primeira banda brasileira, e um das pioneiras no mundo,
a utilizar efeitos computacionais de realidade aumentada em suas performances.
A música do Posthuman Tantra tem recebido atenção de veículos da imprensa
alternativa de todos os continentes, sendo que Franco já deu entrevistas para
revistas e sites de países como Portugal, Itália, França, Rússia, Inglaterra,
Japão, Estados Unidos, Colômbia, entre outros. As performances artísticas do
Posthuman Tantra, caracterizadas por uma visualidade que remete à obra gráfica
do artista, e envolvendo vídeos, ações teatrais, efeitos computacionais e de
mágica eletrônica, têm sido apresentadas em diversos estados brasileiros em
eventos importantes como o Festival de Performances Tubo de Ensaios/UnB, 11º
Encontro Internacional de Arte e Tecnologia no Museu da República em Brasília,
II FAM – Festival Internacional de Arte e Mídia (Anápolis), 10 Dimensões da
Arte e Tecnologia (João Pessoa/PB), Goiânia Noise Festival e Woodgothic
Festival (MG). As performances artísticas do Posthuman Tantra contam com a
participação dos integrantes do Grupo de Pesquisa CRIA_CIBER – Criação e
Ciberarte, coordenado por Edgar Franco na UFG e que envolve seus orientandos de
pós-doutorado, doutorado, mestrado e iniciação científica.
Durante seus 10 anos como professor do magistério superior, atividade que
exerce com a mesma paixão que tem pela arte, foi homenageado por 11 vezes
(incluindo algumas como patrono, paraninfo e nome de turma) e em todos os
cursos nos quais lecionou.
Em 2011 concluiu o pós-doutorado em Arte e Tecnociência no Programa de
Pós-graduação em Arte da Universidade de Brasília. Desenvolveu a pesquisa
“Aurora Pós-humana: Expansão de um Universo Artístico Ficcional Transmídia”
junto ao o Laboratório de Pesquisa em Arte e Tecnociência da UnB, como bolsista
do CNPq. Também em 2011, através de uma série de ações performáticas
transmidiáticas, declarou-se Ciberpajé, identidade que assume desde então.